TRIBO XOCÓ
UMA DAS RELÍQUIAS DA REGIÃO
Após esta breve caracterização dos Tupinambás, ilustrando os povos indígenas que viviam em Sergipe à época da conquista, falemos um pouco sobre os Xocó, comunidade de índios que representa, no Estado, a reduzida parcela dos descendentes dos primeiros habitantes do Brasil.
Vivendo na Ilha de São Pedro, município de PORTO DA FOLHA, os Xocó integram o contingente de aproximadamente 300.000 índios que vivem no Brasil atualmente. Quando no séc. XVII, padres capuchinhos fundaram uma missão às margens do rio São Francisco; reuniram ali índios de diferentes etnias, dentre as quais, a dos Xocó.
A ocupação da área por fazendeiros motivou a fuga dos índios, contudo, parte dos Xocó permaneceu na região vivendo na área denominada Caiçara, de onde também acabaram sendo expulsos pelos novos ocupantes.
Em 1978 os Xocó tiveram reconhecido seu direito de posse das terras, da qual somente receberam uma parte enquanto lutam na justiça pela recuperação do restante da Caiçara ainda ocupada por fazendas, os cerca de 250 índios que compõem a tribo praticam a pecuária existente, a pesca, a cerâmica e o cultivo de gêneros alimentícios.
A importância da pecuária no movimento da colonização sergipana está marcada pelo nome de povoações, hoje cidades, que começaram a destacar-se no decorrer do séc. XVIII, por causa da atividade, como foi o caso de Campos do Rio Real (Tobias Barreto); Malhador; Curral das Pedras (Gararu); Campo do Brito e outras que, embora não tenham recebido nomes que lembrem a criação de animais, também tiveram sua origem ligada à pecuária. Foi essa a origem de Riachão do Dantas, Simão Dias, Aquidabã, Nossa Senhora da Glória e Porto da Folha.